Para advogado o crime foi premeditado - Marcelo Barbarena, preso por matar esposa e filha de 8 meses.

Depoimento do pai de Adriana sugere que Marcelo não queria a família da esposa na viagem a Paracuru. Defesa prefere esperar a conclusão do inquérito
    Quatro dias após o assassinato de Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, 38, e de sua filha de oito meses, Jade, o advogado da família de Adriana, Leandro Vasques, afirmou que o depoimento do pai dela, Paulo Pessoa, leva a crer que o crime foi premeditado.
Paulo, a mãe de Adriana e irmãos dela prestaram depoimento na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ontem.
Conforme o advogado, na véspera da viagem a Paracuru, Adriana teria convidado o pai para a casa de praia. “E Marcelo interferiu no diálogo e exclamou para Adriana: ‘Você nem sabe se seu pai quer ir e já está dizendo qual o horário que ele vai para Paracuru’. Realmente, o pai não foi, porque faria alguns exames de rotina, mas fica nítido que ele queria evitar familiares”, interpreta. 
Outra questão levantada por Vasques é que não é normal uma pessoa ir celebrar o aniversário com a menor quantidade de pessoas da família. “O irmão de Marcelo havia acabado de chegar de viagem com a esposa e os dois filhos. É estranho que Marcelo tenha ido celebrar na casa de praia, distante da Capital, onde qualquer socorro seria distante. Ele ainda levou a arma para lá, tendo em vista que o dono, que é pai de Adriana, não possui arma”, afirmou. 

Defesa O marido de Adriana, Marcelo Barbarena Moraes, 39, segue detido na sede da delegacia especializada após ter confessado o crime na última segunda-feira, 24. 
O advogado de defesa dele, Flávio Jacinto, informou que espera a conclusão do inquérito policial. Para Jacinto, as provas técnicas (exames e laudo pericial, por exemplo) vão auxiliar nos esclarecimentos e só assim será possível ter uma noção do que aconteceu. Acerca do depoimento do pai de Adriana, Jacinto informou ontem que não possuía conhecimento do teor do que foi declarado à Polícia.

A defesa ainda disse que não tem conseguido falar com Marcelo, pois ele estaria “fora de si”. “Ele não consegue falar com ninguém, pois não diz nada com nada. Mas ele voltou a se alimentar”, afirmou. 
A diretora da DHPP, delegada Socorro Portela, informou ontem à noite que se manifestaria somente após ouvir todos os depoimentos previstos para o dia. Às 22 horas de ontem, cinco pessoas ainda faltavam ser ouvidas acerca do duplo homicídio. 
(Fonte: O Povo)